quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Sei que com a confusão das festas que se aproximam, não vão esquecer a poesia até porque o Natal pode ser poesia. Mas... nunca fiando que a memória às vezes prega partidas, um poema de Ary dos Santos, para lembrar a sessão do dia 13 de Janeiro:



Pára-me um tempo por dentro
passa-me um tempo por fora.

O tempo que foi constante
no meu contratempo estar
passa-me agora adiante
como se fosse parar.
Por cada relógio certo
no tempo que sou agora
há um tempo descoberto
no tempo que se demora.

Fica-me o tempo por dentro
passa-me o tempo por fora

Ary dos Santos