segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Há muito tempo que não partilho uma das minhas receitas do Grilo, esta é fácil, rápida e ainda por cima deita por terra todos os príncipios de fazer frango de fricassé.

"Coza peito de frango, ou aproveite o frango assado que tem no frigorífico ou compre o frango assado com esta intençâo. Retire os ossos e peles. Refogue uma cebola com um dente de alho, misture dois pacotes de natas, duas colheres de ketchup e alguns coentros picados. Quando estiver cremoso, junte o frango desfiado, ponha num pyrex e cubra com batata palha. Leve ao forno só para ficar quentinho"

É muito bom e diferente. Mãos à obra.


Ana Bela

domingo, 27 de fevereiro de 2011


Vou ter que escrever um pouco mais, mas não posso deixar de contar mais um insólito do Café Grilo.
Esta imagem é da casa de banho das senhoras, onde recentemente me apeteceu pôr mais poemas e não só aquele único que todas as semanas lá estava, novinho em folha.
Na passada sexta feira, uma senhora para nós desconhecida, foi à casa de banho, até aqui tudo bem, só que ao sair, meio arreliada disse que queria o poema dela na parede. Não conheciamos a senhora, nem os seus dotes de poeta, por isso fomos apanhados por o nosso silêncio.
Sentada numa mesa, a senhora rápidamente escreve o poema e diz-nos: "quando voltar aqui quero meu poema na parede"
Na parede não vou pôr, parece-me que ainda me reservo o direito de escolher a poesia, mas aqui vai o da senhora.
"Tzê letzinhos tem a dor
Quatro tem o amor
Sete tem amizade
e
Dez a felicidade"
MIRA

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Hoje, logo por a manhã, sentados a tomar o pequeno almoço estavam duas crianças mais o pai.
O pai dizia-lhes que estava cheio de dores de cabeça. A resposta quase em sintonia e com o seu quê de não nos ralamos nada... "Olha, não gritásses tanto connosco"
João, já não se pode ralhar com os filhos OK?




Ana Bela

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

É quanto a mim que gosto, delicioso ler Fernando Pessoa

"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,
mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo.
E que posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os
desafios, incompreensões e periodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e
se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar
um oásis no recôndito da alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um "não".
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo..."



Ana Bela

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

A. Morgado enviou-me algo que eu acho acertadíssimo.

"Estamos numa época em que o fim do Mundo... já não assusta tanto como o fim do mês..."

Obrigada, é sempre bom quando os meus amigos/as participam neste blog.



Ana Bela

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Vou voltar ao mercado da ribeira e às ditas mesas cheias de livros em quinta mão.
Quando era adolescente e me armava em senhora, a minha mãe dizia-me: "tens a mania que és
a princesa Manganona" Pois bem, no meio de tantos livros, encontrei um muito velhinho que se
chamava "A Princesa Manganona" e eu que sempre achei que esse nome era invenção da minha mâe...
Resta-me dizer que quando o encontrei foi superior a mim a admiração e falei um pouco (um muito mais alto) para o Duarte e todos se riram. Às vezes tenho destas coisas! Faço assim umas vergonhinhas...



Ana Bela

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

" O Colóquio" era galeria de arte, era um espaço onde se ouvia boa música e com o sabor de um café ainda na boca, passávamos belos momentos. Acabou... hoje, o mesmo espaço foi dividido em espaçinhos tais como: Cabeleireiro, Restaurante Chinês, Loja de Roupa.
Foi Luis Ralha o Arquitecto.
Podem crer, que lá num cantinho, alguns dos vóvós da Parede deixaram escondida a sua saudade.



Ana Bela

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Dois sábados atrás, fui com o Duarte ao mercado da ribeira ver uma feira de livros de segunda a mais ou menos quinta mão. Vasculhei por lá e encontrei algumas coisas muito antigas e engraçadas. Entre alguns livros e revistas ( a um euro) trouxe uma revista caindo de velha de 1969, onde encontrei isto:

"Pensar quanto nos temos adiantado no século XX. Dantes o homem que era uma engrenagem da máquina, é agora um dígito do computador"

(tradução do espanhol, idioma da revistinha que comprei)





Ana Bela

domingo, 20 de fevereiro de 2011

E dizem elas... (as crianças)

O regresso de Rocky

Num dia das bruxas, um miúdo veio bater à minha porta vestido de Rocky, com luvas de boxe e calções de cetim. Pouco depois de lhe ter dado alguns doces, regressou para mais.
- Não és o mesmo Rocky que deixou a minha porta há uns minutos atrás? - perguntei.
-Sim - mas agora sou o Rocky II. E esta noite ainda volto mais três vezes.



Ana Bela

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Sabem que estudei num colégio interno (militar) por isso restava-me as férias para estar em casa.
Como passava o tempo? Bem, os tempos eram outros, não havia computador não havia telemóvel, mas havia muita conversa, muitos amigos, muitos passeios.
Cresci na Parede, nessa altura havia um ponto de encontro " o colóquio" onde nos juntávamos todas as noites. Conversávamos, riamos faziamos amigos mesmo sem facebook, podiamos estar na praia até nascer o sol. Com a tranquilidade em se poder andar na rua, nem fazia falta o telemóvel. Acredito que a minha mãe dormia descansada.
O melhor de tudo para mim, é que escrevia muito, lia muito, ia ao cinema muitoooooo.
Curioso! nunca nos juntávamos para comer, comiamos em casa, andávamos a pé, riamos e eramos felizes.
Nota: muito poucos, mas mesmo muito poucos, usavam óculos. Não gastávamos os olhos no dito computador.


Ana Bela

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011


Ao ver esta imagem, percebi porque os jovens ficam em casa. Bem só ficam se os deixarem, mas mesmo assim vão arrastadinhos ao computador.
Se amanhã a nostalgia não me morar, conto como passávamos o tempo, no meu tempo...
Ana Bela

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Os dissabores do acordo ortográfico. Enviado por um amigo do Grilo e com o intúito de dar uma risada.

"Detergente": Acto de prender seres humanos
"Halogéneo" : Forma de cumprimentar pessoas muito inteligentes
"Pressupor" : Colocar preço em alguma coisa

Claro que tem que se ler como os brasileiros falam senão não tem piada.



Ana Bela

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Não poderia esquecer a Teresa A. que desde o inicio da nossa actividade nunca deixou de ir ao Grilo. Quando as suas filhas eram pequenas, moravam mesmo ali na rua paralela à nossa, depois foram para a Parede.
Nunca iria esquecer uma amiga de tantos anos e de tantos comentários ao blog, quanto à bicicleta esqueça Teresa, duas calorias? isso queima a entrar e sair do carro. Bem, juntamente queima gasolina... ora! chega mais depressa.




Ana Bela

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Dos treze aos dezassete anos, juntei 3o88 pensamentos. Por essa razão, no Grilo, há dezanove anos que todas as semanas se pode ler um pensamento novo.

Ao amigo que só queima 2 calorias a pedalar da Parede ao Grilo, que comprou um livro de
La Rochefoucauld, bilingue, salvo erro Francês/Inglês, um pensamento para descobrir no seu novo livro.

"Estamos tão habituados a ser hipócritas com os outros, que chegamos a ser hipócritas para nós mesmos"

Este, foi o primeiro que encontrei.




Ana Bela

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Não vou desejar um feliz dia dos namorados. Namora-se todos os dias. Eu namorei com o meu filho assim que entrou dentro de mim, eu namoro o meu marido todos os dias e são 13.5o5.
Amar, respeitar e dar um abraço muito apertado com os braços todos, será uma boa demonstração de namoro. Namorem dos 0 até ao fim da vida e esqueçam o Senhor Valentim.
Amem-se.



Ana Bela

domingo, 13 de fevereiro de 2011


Nesta cabeça que não pára, juntou-se o creme de limão que a minha avó fazia para rechear as suas deliciosas tortas de limão ao queque e o resultado é o que está à vista. Provem...
Ana Bela

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Hoje fui à farmácia. Vou sempre à mesma há muitos anos, por isso não é de estranhar que tenha por lá uns quantos amigos que me contam realidades que mesmo sem querer nos fazem vir lágrimas aos olhos.
Mas esta eu presenciei. Um senhor idoso, foi comprar um medicamento, quando lhe disseram que custava 100 euros gritou revoltado que não queria.

Eu ainda aceito que se sobreviva com uma sopa, um pão, um copo de água, mas sem medicação?
Onde é que estamos? este é o Mundo das histórias da minha mãe, histórias que cresci a ouvir, do antes, do durante, do depois das grandes guerras. Que batalha é esta?




Ana Bela

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011


Ontem, com a minha mudança de côr, já esperava para hoje algo diferente, mas, se ao fim de um dia de trabalho (ou não) há quem se sente à chuva e se ame, então "viva a chuva".
Posso amar muito, mas não gosto de chuva nem de trovões, parece que fizemos alguma coisa mal feita e ralham connosco... Meu querido Agosto.
Ana Bela

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Hoje foi um dia daqueles, daqueles que nos tira o sorriso, nos faz ter côr de ervilha, nos faz voltar vezes sem conta a ler a última página do livro pois não entendemos nada, nos deixa assim muito tristes porque vimos escrito na tv "diretor" e eu gosto mais de "director". Podem imaginar que dia...
Quanta força tem que se fazer contra o acordo ortográfico, quando me lembro do que sofreram os meus professores para me ensinar o agora desacordo ortográfico?



Ana Bela

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Um dia apareceu no Grilo, calado mas sorridente e noutro dia, disse-me que vinha de propósito da Parede, pois tinha-nos descoberto e tinha gostado de nos termos cruzado no seu caminho. Desde esse dia, aparece regularmente. A semana passada até aumentou o nosso electrão.
Pois é, sei que visita o blog e sobretudo sei que adora ler, o que à partida é um ponto em comum. Dá-me assim a sensação, que tal como eu, não vive sem um livro. Na nossa esplanada tem sempre um por companhia.
Obrigada.
Este post é para si.



Ana Bela

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

A propósito de amor.


A. Ramos Rosa

Não posso adiar o amor para outro século
Não posso
Ainda que o grito sufoque na garganta
Ainda que o ódio estale e crepite e arda
Sob montanhas cinzentas
E montanhas cinzentas

... ... ...

Montanhas mesmo de casais a desfazerem-se do amor. O que mais custa é ter visto esses amores a crescerem na mesa do café é ter visto a alegria do casamento é ter visto como estavam felizes ao anunciar o novo bébé. É ter visto que afinal tantos anos de namoro, não deixou mais nada por inventar!


Ana Bela

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Como me sinto bem

No sábado, enquanto os pais estavam na esplanada, duas crianças brincavam dentro do Grilo, a dada altura desentenderam-se saíndo o mais velho. Passou o tempo e preocupado o pai veio perguntar se sabiamos do outro filho, explicámos que tinham estado a brincar e que devem ter saído.
Resultado, ninguém encontrava a criança. Quem a descobriu por fim foi a Raquel, estava a dormir no banco, tranquilamente.
O pai descansado disse: Já que está a dormir tão bem, não o vamos acordar...
Como eu gosto destes apanhados, deixam-me mesmo feliz.




Ana Bela

domingo, 6 de fevereiro de 2011

E voltando a África onde me deixei acampada desde os 15 anos.
Um amigo que neste momento se mudou para Luanda mas que vem a Portugal mais ao menos por as festas e não deixa de ir ao Grilo, leu o nosso blog e telefonou-me. Foi bom saber que comuniquei com ele.
Um segredo... fui professora do filho dele no oitavo ano (filho que passou já a casa dos 30) por a quantidade de anos que nos conhecemos, quando este amigo chega ao Grilo, eu dou-lhe um abraço porque estou abraçando África.

É que ele ainda vem com aquele cheirinho gostoso...


Ana Bela

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Hoje acordei-me viajante do Mundo. Parei-me no local onde tenho o coração.

Em África, beijavam-se as rimas com o mar e o sol com as letras. Colei a saudade ao passado e recordei a sombra dos embondeiros, a terra quente e vermelha, as ilhas, os desertos, os rios, as montanhas e ficou-me na boca o sabor a manga madura.
Aprendi a ler quando o mar no seu vai e vem, deixava espuma na areia. Inventei ai as palavras da minha infância.



Ana Bela

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Não tarda chega mais um aniversário, o meu e isso é a primeira vez que não me agrada nada. Até aqui, eu tenho sempre ficado muito feliz neste dia, mas suspeito que este ano vou começar a não gostar.
Tenho pensado que afinal chega-nos com a idade a certeza que muito do que queriamos que nos fizessem não foi feito, mas também, certamente nós não fizemos aos outros ( ou teremos feito?)

Sabem aqueles mails que vos enviam todos os dias e que dizem para aceitar o sorriso, o choro, a alegria ou a tristeza como se de uma dádiva se tratasse? É...




Ana Bela

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

E dizem elas...(as crianças)

Aluno da 1ª classe para o professor:
- Eu sei que dois e dois são quatro! Mas quero é saber porquê!



Ana Bela

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Por vezes penso que ao fim de tantos anos no Grilo, o cansaço bate à porta de MIM.
Mas... quando percebo as pessoas óptimas que todos os dias me rodeiam, descanso-me.
Reparem, depois do apelo para entregarem no café pequenos aparelhos domésticos avariados, para ajudar uma escola a ganhar um concurso:
Temos;
2 impressoras
1 box
1 máquina de café
2 microondas
2 telemóveis
Muito bom, muito obrigada.



Ana Bela

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011


O livro deste mês é dos que tenho na mesa de cabeceira. É bom antes de dormir ler um pouco.
Ana Bela