sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Como hoje é dia de poesia, dia de passarmos o serão em companhia de sonetos, trovas e versos, transcrevo um poema de Graça Pires.

"Surpreendida por um caminho sem tempo,
deixo que a lua se instale em minha pele,
lasciva e húmida. Habito uma ilha suspeita
de servir de abrigo a veleiros perdidos.
E digo: há um mar horizontal na solidão
de uma mulher, com as mãos cansadas
de sulcar distâncias em caminhos de espuma."


Ana Bela