sexta-feira, 31 de julho de 2015

Abri a gaveta

A gaveta onde guardo os poemas que a Ela (gaveta) dedico. faz-me ficar triste porque já não sinto poesia dentro de mim. Tenho às vezes dúvidas do meu estado mental quando as escrevi. Eu era uma pessoa feliz que dava gargalhadas, ria por tudo e por nada e assim o poema surgia sem dificuldade, hoje não serei uma pessoa feliz.
Como fui à gaveta...

A tua mão

Aos soluços,
vou transpondo a vida.
Deste mundo só quero
o afago da tua mão
o calor do teu sorriso.

Não me dês mais nada
não fales
deixa-me só de mão dada contigo
ouvir o sussurro da seara
onde o vento, num lamento
parece que fala comigo.
  Ana Duarte