quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Porque dizem é Natal, este poema de José Carlos Ary dos Santos  é muito aproximado ao que penso. Nem sempre foi assim. As mais ternas lembranças que guardo, são de Natal. Mas isso era quando o meu pai me contava histórias e eu adormecia no seu colo, sem antes por o sapatinho na chaminé.

.......

Natal é em Dezembro
mas em Maio pode ser
Natal é em Setembro
é quando um homem quiser
Natal é quando nasce
uma vida a amanhecer
Natal é sempre o fruto
que há no ventre da mulher

Tu que inventas ternura e brinquedos para dar
tu que inventas bonecas e comboios de luar
e mentes ao teu filho por não os poderes comprar
és meu irmão, amigo, és meu irmão

E tu que vês na montra a tua fome que eu não sei
fatias de tristeza em cada alegre bolo-rei
pões um sabor amargo em cada doce que eu comprei
és meu irmão, amigo,és meu irmão


Ana Bela