A minha companheira do banquinho da cozinha, desde os dois anos que diariamente ali fazia desenhos, me pedia um queque e queria sempre saber o que eu estava a fazer, cresceu, e este ano entrou na escola ao pé de nós.
O bom disto tudo é que eu tenho outra vez companheira de banquinho que continua a pedir um queque que eu lhe dou com muita alegria, e não mudou nada. Salvo que eu já não lhe chamo Clarinha. A primeira vez que lhe chamei Clara ela olhou-me de olho azul desorientado . Expliquei que agora no primeiro ano já era uma menina crescida.
Todos os dias me maravilho com as crianças e as flores.
quarta-feira, 30 de setembro de 2015
terça-feira, 29 de setembro de 2015
nem sei se volto...
Posso usar a imaginação tal como o pensamento, sem que mos tirem, por isso, como " Fui ser feliz e não voltei", ainda estou perdida entre um livro e uma rosa amarela.
sexta-feira, 25 de setembro de 2015
Os livros
Sei que isto se faz para acharmos graça, para sabermos que há pessoas com muita imaginação, para no fim do dia quando vamos à net nos rirmos um pouco. Eu não ri um pouco ri muito porque tem dias que me apetece ter a mesma atitude. Fugir, não voltar e ser feliz a ler os meus livros inacabados outros nem começados. Lembro que há relativamente pouco tempo uma brasileira andou por lá a roubar. Foi presa e as imagens da televisão, era uma senhora rodeada de livros, porque esta foi a maneira que encontrou para poder ler. Disse basta aos tachos, à roupa para lavar, ao ferro de engomar e foi ser feliz...
quinta-feira, 24 de setembro de 2015
Mais um apelo
Meus amigos, com a vossa preciosa colaboração, fizemos a biblioteca do Grilo, ajudámos a encher as estantes da Biblioteca das mulheres que não existia, na prisão de Tires, temos levado até ao Centro Comunitário de Carcavelos, dezenas de livros escolares para aumentar o banco que criaram no sentido de ajudar alunos carenciados. Estamos a ajudar a Escola mesmo ali ao lado a criar uma biblioteca aberta à comunidade e não só aos alunos.
Para mim é uma alegria sempre que chegam os sacos e os caixotes. Seguramente porque vão dar alegria a outros.
Os meus pedidos nunca acabam, sei por experiência própria que se deve dar uma volta aos nossos livros (salvaguardando os clássicos e os autores que fizeram épocas). Há sempre aqueles romances que não vamos ler mais, aqueles que enchem somente.. São esses excedentes que vos peço, certa que farão as delícias de quem gosta de ler.
Obrigada
Para mim é uma alegria sempre que chegam os sacos e os caixotes. Seguramente porque vão dar alegria a outros.
Os meus pedidos nunca acabam, sei por experiência própria que se deve dar uma volta aos nossos livros (salvaguardando os clássicos e os autores que fizeram épocas). Há sempre aqueles romances que não vamos ler mais, aqueles que enchem somente.. São esses excedentes que vos peço, certa que farão as delícias de quem gosta de ler.
Obrigada
quarta-feira, 23 de setembro de 2015
O tal do bichinho (poesia)
Um Abraço
Vou negociar um abraço
no cansaço da espera,
numa dança contigo,
no turbilhão da magia,
na invenção de sonhos
porque no silêncio das palavras
não sei como negociar desabraços.
Antes que o tempo se esgote
antes mesmo que a vida acabe,
vou negociar um abraço
antes que não haja desculpa
antes que não existam abraços.
Ana Duarte
Vou negociar um abraço
no cansaço da espera,
numa dança contigo,
no turbilhão da magia,
na invenção de sonhos
porque no silêncio das palavras
não sei como negociar desabraços.
Antes que o tempo se esgote
antes mesmo que a vida acabe,
vou negociar um abraço
antes que não haja desculpa
antes que não existam abraços.
Ana Duarte
sábado, 19 de setembro de 2015
sexta-feira, 18 de setembro de 2015
A minha cadela a minha paixão
Depois de todas aquelas pessoas que são importantes nas nossas vidas, com as quais temos uma ligação qual cordão umbilical, eu gosto da minha cadela Nudi. Admiro-me e agradeço-lhe por gostar de mim também, por ladrar de alegria quando vê o meu carro, por mostrar alegria irrequieta quando chego ao pé dela, por nunca me lamber porque sabe que não gosto e em contra partida deixa que lhe dê beijinhos, fica quieta quando lhe digo um segredo, quando a abraço. Para mim, sem nenhuma hesitação ela faz parte da minha família.
quinta-feira, 17 de setembro de 2015
Instituto de Odivelas (onde fica?)
Onde estão as nossas saias castanhas, os nossos chapéus, as blusas creme e os casacos castanhos?
Quando vi na primeira página do jornal as alunas do Instituto de Odivelas que já dormem no Colégio Militar, fiquei contente por elas, deve ser muito mais divertido frequentar uma escola mista do que durante o antigo primeiro ano ao antigo propedêutico, sermos só mulheres. Mas esses mesmos anos, foram aqueles em que cresci em que me transformei de menina em mulher. Dentro dos bonitos claustros, ao campo de ténis e à piscina ladeada de frondosas árvores, sonhei...
Hoje vestiram as minhas recordações com calças. Onde vou festejar o 14 de Janeiro aniversário do meu colégio? aos meninos da Luz? ai nenhum recanto me fala dos sonhos que sonhei, dos projetos que fiz para quando fosse grande.
Quando vi na primeira página do jornal as alunas do Instituto de Odivelas que já dormem no Colégio Militar, fiquei contente por elas, deve ser muito mais divertido frequentar uma escola mista do que durante o antigo primeiro ano ao antigo propedêutico, sermos só mulheres. Mas esses mesmos anos, foram aqueles em que cresci em que me transformei de menina em mulher. Dentro dos bonitos claustros, ao campo de ténis e à piscina ladeada de frondosas árvores, sonhei...
Hoje vestiram as minhas recordações com calças. Onde vou festejar o 14 de Janeiro aniversário do meu colégio? aos meninos da Luz? ai nenhum recanto me fala dos sonhos que sonhei, dos projetos que fiz para quando fosse grande.
quarta-feira, 16 de setembro de 2015
Defesas
Há pessoas que deixo entrar na minha vida tão depressa, que me sinto assustada com medo que não permaneçam muito tempo. Uns ficam, outros partem e quando acontece, sinto uma sensação de vazios, de ausências, de saudades. Prometo-me então que não voltarei a abrir as minhas defesas.
terça-feira, 15 de setembro de 2015
Voltou a alegria
As crianças do Grilo estão a chegar às escolas e a alegria os gritos os trabalhos feitos à pressa em qualquer mesa do café e as mochilas que se baralham estão de volta para nossa alegria porque 3 meses de férias, deixam saudades.
sábado, 12 de setembro de 2015
Um pouco da tarde bem passado
Hoje esqueci o cansaço e fui ao Auditório Eunice Munoz, ver "As Noivas de Travolta".
Gostei daquele encontro de quatro mulheres inconformadas com os 45 anos sobretudo porque a peça passa por todas as verdades, Os maridos, os filhos, a celulite, a inveja, a homossexualidade e a saudade que todas temos dos dezassete anos, altura da nossa vida em que o presente está ali e o futuro vem lá tão longe
.
Gostei daquele encontro de quatro mulheres inconformadas com os 45 anos sobretudo porque a peça passa por todas as verdades, Os maridos, os filhos, a celulite, a inveja, a homossexualidade e a saudade que todas temos dos dezassete anos, altura da nossa vida em que o presente está ali e o futuro vem lá tão longe
.
sexta-feira, 11 de setembro de 2015
Os meus amigos saberão sem muitas explicações porque a cor amarela me acalma, me reduz o stress, as saudades, as ausências mais ausentes da minha vida, a tristeza e o choro.
Enfim, hoje a minha necessidade de amarelo talvez esteja ligada ao fim do Verão que se aproxima rapidamente. Gosto de calor, não gosto de frio e detesto neste momento ter uma camisola vestida.
O calor terá mais a ver com vermelho, mas o vermelho com o fogo. Não gosto de fogo. Gosto da suavidade amarela, como do Sol, como da memoria a minha...
Enfim, hoje a minha necessidade de amarelo talvez esteja ligada ao fim do Verão que se aproxima rapidamente. Gosto de calor, não gosto de frio e detesto neste momento ter uma camisola vestida.
O calor terá mais a ver com vermelho, mas o vermelho com o fogo. Não gosto de fogo. Gosto da suavidade amarela, como do Sol, como da memoria a minha...
quarta-feira, 9 de setembro de 2015
Talvez, mas só talvez a imagem da criança numa praia da Turquia, imagem que não me sai do pensamento, venha acordar as pessoas que podem ter nas suas mãos a solução para esta fuga em massa, para que o mar deixe de ser cemitério, para que todos tenham direitos iguais em todos os lugares do Mundo. Agora, porque vimos , porque decorámos para o resto da vida a cor da roupa, das meias, dos sapatos, nos lembremos que outras crianças estão no fundo do mar e são muitas, muitas...
sábado, 5 de setembro de 2015
Crianças que surpreendem
O Rodrigo fez a semana passada 3 anos não é uma criança muito amiga de beijos e abraçinhos. Fala-me quando lhe apetece, deixa-me ver os jogos dele, mas chega a desligar para que não os veja quando está mal disposto, enfim não me parece que eu conste nos primeiros lugares das suas preferências. Hoje pôs todas as pessoas a rir. Eu estava na cozinha e ele a almoçar com os pais, derrepente oiço ele a gritar lá de fora: Bela o teu comer está muito bom!
sexta-feira, 4 de setembro de 2015
quinta-feira, 3 de setembro de 2015
As Férias
As crianças andam com menos sorrisos e brincadeiras, menos faladoras e extrovertidas. Falei com algumas mães que me disseram que a lamuria é todos os dias a mesma. Mãe quando vou para a escola?
Pergunto eu, porque inventaram mais uma semana de férias? sobretudo o Primeiro Ciclo está desejoso de encontrar novos amigos, novas brincadeiras e de sair de casa coisa que fazem pouco porque acabaram as férias dos pais. Pobres meninos tristes.
Pergunto eu, porque inventaram mais uma semana de férias? sobretudo o Primeiro Ciclo está desejoso de encontrar novos amigos, novas brincadeiras e de sair de casa coisa que fazem pouco porque acabaram as férias dos pais. Pobres meninos tristes.
quarta-feira, 2 de setembro de 2015
Poesia
A casa
A minha casa tem quatro paredes pintadas de amor.
Tem janelas da côr do mar
por onde olho pássaros a voar
minha casa, meu cobertor, minha manta de retalhos
onde coso todas as recordações de vida
que fazem da minha casa
a casa sem portas
por onde todos podem entrar.
Ana Duarte
A minha casa tem quatro paredes pintadas de amor.
Tem janelas da côr do mar
por onde olho pássaros a voar
minha casa, meu cobertor, minha manta de retalhos
onde coso todas as recordações de vida
que fazem da minha casa
a casa sem portas
por onde todos podem entrar.
Ana Duarte
terça-feira, 1 de setembro de 2015
Queria sentir o cheiro de um Mundo de flores
Como este trabalho todo feito em papel, a artista tem muitos. Quem me dera poder ver com os olhos dela um Mundo de flores, um Mundo transformado em jardim. Quem me dera, quem me dera que sendo ele um jardim, cheirasse a flores.
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