Mais um poema dos "Nossos Vossos" livros,
Volume I Poemas no Café grilo
Ao fundo da minha praia
Ao fundo da minha praia
já não há cais onde acoste;
há, só, a espuma-cambraia
da onda a bater num poste.
E sem que apague o cigarro,
num gesto de amor vazio,
agora é, nele, que amarro
a proa do meu navio.
Ao fundo da minha praia...
já não há cais ...só um poste.
Veio a bruma do mar alto
veio o salitre do mar;
e o tempo tomou de assalto
a fateixa singular,
a deixa-la carcomida,
pouco a pouco, sem ver,
ate não restar mais vida
onde a vida se prender.
Ao fundo da minha praia...
já não há cais ...nem há poste.
Francisco Alvaredo
Ana Bela
sábado, 20 de junho de 2009
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