Em resultado do post de ontem, do meu amigo António Barroso (Tiago)
As mãos
As mãos que ergues, em prece, suplicando,
A dádiva da paz ou da esperança,
Que afagam a cabeça da criança,
E que consolam quem está chorando;
As mãos que os namorados se vão dando
Com as promessas que o amor avança,
Também pegam na enxada, numa dança,
Que baila com a terra, pão criando.
Mãos finas, mãos esbeltas, delicadas,
Mãos duras ou mãos grossas, calejadas,
Que acenam nas saudaddes dum adeus,
Mãos que traçam a cruz, como sinal,
Mãos que cortam cordão umbilical,
São pedaços de céu dados por Deus.
O Grilo não tem só queques, também tem poetas...
Ana Bela
quinta-feira, 26 de abril de 2012
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