Ontem dizia que a minha amiga está doente, ontem também dizia que não havia poesia, ontem mais uma vez tentei apelar à minha veia poética e nada sobrou dela, mas há poetas e há poemas e este que transcrevo, para mim é muito bonito, espero que para a minha amiga também seja.
Com as mãos
Com as mãos
construo
a saudade do teu corpo
onde havia
uma porta,
um jardim suspenso,
um rio,
um cavalo espantado à desfilada.
Com as mãos
descrevo o limiar,
os aromas subtis,
os largos estuários,
as crinas ardentes
fustigando-me o rosto,
a vertigem do apelo noturno,
o susto.
Com as mãos procuro
(ainda) colher o tempo
de cada movimento do teu corpo em seu voo.
E por fim destruo
todos os vestígios (com as mãos):
Brusca-
mente.
Eduino de Jesus
Ana Bela
quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014
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com um poema destes da vontade de premaneçer sentada colada ao ecra ,a espera de mais ,cada frase cada palavra cada letra transmitem uma historia que cada um constroi a seu gosto ,parabens ana bjs
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